Apaixonado por línguas, o que me levou à ECA foi… a ordem alfabética!
Desde meus 7-8 anos de idade, estudar e me comunicar bem em vários idiomas foi o grande desafio que me dei. Na adolescência, já tinha fluência em inglês. Isso me animou para, em seguida, me dedicar ao francês, espanhol e italiano. Tudo isso até o ensino médio que terminei com um ano de intercâmbio no exterior. Ao voltar ao Brasil, a grande questão foi: o que fazer com todas essas línguas e esse gosto pelo internacional? Conversei com a família, com amigos. Li tudo o que pude encontrar sobre carreiras e profissões. E cheguei à conclusão de que queria ser diplomata.
Esse sonho durou pouco, até o encontro que tive com um ex-professor de inglês para um café. A ideia era contar-lhe sobre minha experiência de intercambista e meus projetos futuros. Ele tentou me convencer que meu amor pelos idiomas deveria me levar a estudar Letras e seguir carreira no ensino. Quando lhe disse que meu objetivo era mesmo a Diplomacia, ele respondeu secamente: “O concurso do Rio Branco é difícil! E mesmo que você consiga passar, com um sobrenome de carcamano como o seu e sem nenhum quatrocentão na sua árvore genealógica, o cargo máximo que vai conseguir no Itamaraty será o de segundo secretário de uma embaixada de terceira zona…”. Se, por um lado, esse comentário me magoou por ser preconceituoso e determinista, ele também me fez repensar.
Nos dias que se seguiram, vasculhei bancas de jornais e bibliotecas até encontrar um guia impresso que trazia uma lista das áreas de estudo oferecidas pelas universidades públicas do país. Ainda com Diplomacia em mente, cheguei à rubrica “Relações Internacionais”. E a linha seguinte, em ordem alfabética, dizia: “Relações Públicas – ver Comunicação Social”. Intrigado, pesquisei mais e cheguei à conclusão de que esse era meu caminho. Que a ECA me abriria as portas para uma carreira internacional na área de RP/Comunicação Corporativa. E assim foi.
Aluno | Turma | Curso |
---|---|---|
Sérgio Giacomo | 1982 | Relações Públicas |
Olha só que coincidência, originalmente eu também almejava o famoso Instituto Rio Branco e ouvi comentários do tipo que não teria chances pela falta de pedigree e que disputaria escassas vagas com filhos de diplomatas adestrados em vários idiomas e com cursos de pós, blá blá blá. Enfim, foi melhor ter estudado na ECA!