Tonho Penhasco

Tonho Penhasco em 1977
Tonho Penhasco em 1977

Entrei na ECA em 1974 após um ano de Escola Politécnica. Não sabia muito bem o que procurava. Já vinha da arte, sou músico desde os 13 anos.

Fiz básico de Comunicações, um semestre de Biblioteconomia, voltei para fazer o básico de Artes, fui parar em Direção Teatral e decidi voltar para o meu fazer antigo: a Música – que não fiz na ECA, mas na Fundação das Artes de São Caetano do Sul.

Na época da ECA participei de grupos de teatro, me interessei pelas correntes políticas, num caminho que me levou a me considerar um homem de esquerda nos dias de hoje.

Não me formei em nada na USP. Participei de festas, Centro Acadêmico, viagens, organização de shows, etc. e tal. Me autodenomino: formado em generalidades pela Universidade de São Paulo.

E desde 1978 passei a me dedicar integralmente à música. Algumas pessoas da ECA encontro no intervalo de alguns anos, nos mais variados ambientes. Alguns morreram, alguns eu vejo várias vezes por ano. Foi um ambiente muito rico em discussão de ideias, questões estéticas, comportamentais, filosóficas. Não me vejo sendo o que sou hoje sem ter passado pela ECA. Eu que vim da periferia, de universo cultural muito diferente da USP.

Quando cheguei na ECA vindo da Poli, lá estava o Arrigo vindo da FAU. Demorou uns três anos para saber que ele mexia com música e ele me mostrar o que fazia. Paralelamente conheci o Itamar Assumpção através de um outro amigo em comum. Depois de tocar com o Itamar, descobri que eles se conheciam do Paraná, e me chamaram para participar do Festival Universitário de 1979, onde o Arrigo ganhou com “Diversões Eletrônicas”. Dei um intervalo e puxei cinco anos em seguida tocando com o Arrigo, gravando, viajando. Com o Itamar foram quatro períodos curtos e isolados. Quanto ao Rumo, lembro que lá por 1973 ou 1974 vi um cartaz em alguma escola convidando para um show que se chamava “Rumo de Música Popular”, que era o Tatit, o irmão dele e outros e com o tempo ficou só Rumo.

Tonho Penhasco em 2023
Tonho Penhasco em 2023

Tonho Penhasco toca desde 1967. De lá para cá, passou por bailes, bares, gravações, acompanhamento de artistas, excursões pelo Brasil e fora deste. Trabalhou com Tom Zé, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Chico César, Zeca Baleiro, Showa e a Máfia, Lanny Gordim, Lúcia Turnbull, Maurício Pereira, entre outros. Gravou quatro CDs autorais e atualmente procede à regravação de um lote de 31 músicas autorais, representando toda a carreira (no YouTube, está na playlist “Antologia em Andamento”, atualmente na música número 12). Toca hoje em dia com o Tonho Penhasco Trio, com a mesma formação há 10 anos, utilizando só instrumentos construídos pelo próprio Tonho.

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