Por Cecília de Oliveira Freitas

Quando recebi a notícia da morte do Papa Francisco eu estava na metade do meu intercâmbio na Itália. Filha de um teólogo e uma historiadora, eu sabia que, em Roma, eu estaria vivendo um momento histórico.

O que eu não sabia é que teria também a oportunidade de noticiar esse momento como correspondente internacional. Cobrir um velório dessa grandiosidade e depois o Conclave, com a escolha do novo papa, foi um dos maiores desafios da minha experiência como jornalista. É necessário ter responsabilidade com o tamanho dessa notícia.

A fumaça branca subiu pela chaminé, e eu estava em uma das grades da praça São Pedro. Comecei a tremer pela extrema adrenalina de saber que eu estava vendo de pertinho a história ser feita, com a missão de contar essa história para o Brasil.

Junto com a oportunidade, também pude entrevistar e pedir a bênção pessoal dos cardeais brasileiros, além de chegar pertinho do próprio papa Leão XIV, durante a audiência realizada com jornalistas. Eu era uma das mais jovens nas salas de imprensa por onde passei e tive grandes aprendizados com meus colegas de profissão.

Minha primeira vez fora do país, minha primeira cobertura de um evento dessa magnitude, meu primeiro ao vivo! Foram várias primeiras vezes que me fizeram reafirmar o meu amor profundo pelo jornalismo em todas as suas formas.

Eu estava nervosa, mas em nenhum momento me senti despreparada, pois sabia que é isso que me aguarda daqui em diante e eu sou fruto de todas as experiências acadêmicas e profissionais que me levaram à Roma e à Praça São Pedro. O lugar certo, na hora certa.

Tive a oportunidade de participar de uma coletiva de imprensa com os cardeais brasileiros e fiz quatro exclusivas nesse dia. Também participei da audiência do papa Leão XIV com jornalistas e cheguei pertinho dele.

Encontrei o Willian Bonner, a Ilze Scamparini e o Nilson Klava durante o trabalho. Todos eles foram simpaticíssimos comigo.