Da turma de Rádio e TV 1978, Thomas Pappon lança seu primeiro livro pela Seja Breve, editora do também ecano Cadão Volpato (Jornalismo 1975)

O livro

Partindo da novidade que é escrever o primeiro livro depois dos 60 anos, o roqueiro Thomas Pappon, de bandas oitocentistas como Voluntários da Pátria, Smack e Fellini, surge na literatura com o frescor dos jovens desbravadores, conduzindo o leitor com verve e senso de humor pelos relatos que se desdobram de uma viagem vertiginosa pela Bolívia aos mistérios da embaixada brasileira em Londres nos anos 40, entre outras aventuras.

Trechos

“Pat foi viciado em anfetamina por 20 anos. Durante esse tempo, ele teve um acidente que o levou, novamente, a passar por um período mais longo em um hospital. Foi quando tropeçou e caiu em uma escadaria ao lado da ponte de London Bridge. Ele bateu com a cabeça em um degrau, abrindo uma fenda no crânio. Amigos o levaram inconsciente ao pronto-socorro, segurando a cabeça para manter o crânio fechado. Pat passou várias semanas em coma. Quando acordou, não lembrava quem era. Uma enfermeira lhe disse nunca ter visto ‘um paciente receber tantos visitantes que tiveram de ser removidos pelos seguranças’”.

“Antes que os convidados sentados fossem servidos, Moniz de Aragão se ergueu e fez um breve discurso, celebrando a data da Independência e lembrando que a Inglaterra fora uma das primeiras nações a reconhecer e apoiar, em 1822, “o país que já tinha nascido, mas precisava de documento”. Levantando a taça de vinho, ele propôs um brinde: ‘E que essa terrível guerra acabe logo e não deixe a Europa em frangalhos’”.