Depois de ter cursado quatro anos o Ginásio Vocacional (sistema de educação extinto pela ditadura por considerá-lo subversivo), entrei no Colégio no sistema educacional tradicional. Foi decepcionante. Por isso, depois de cursar vestibular e entrar na ECA, faculdade que parecia atender a meus interesses educativos, guardava esperanças de retomar a antiga experiência.

Com o começo da greve justo em 1975, trabalhando durante o dia e indo de noite pra USP no bonde da CMTC lotado, era difícil concentrar nos estudos, então o aspecto de socializar era o importante. Ficou a sensação de não ter aproveitado melhor o aprendizado e, quando quis fazê-lo, já tinha passado o tempo correspondente.

Escolhi a ECA porque era a única faculdade que se aproximava do meu imaginário. Outras opções, como Direito, Medicina, etc., estavam completamente fora da minha área de interesse. Sempre gostei de ver fotografias e depois de fotografar. Então escolhi Comunicação pensando nisso, em imagens. Optei por Jornalismo porque me permitiria trabalhar com fotografia. Talvez Cinema tivesse sido uma escolha mais acertada, porém sendo curso integral, não era possível.